terça-feira, 25 de março de 2014

Sentido de pertença / Sense of belonging

Quando falamos de equipas unidas, coesas, juntas por um objetivo comum, esquecemo-nos por vezes de um fator essencial para que se consiga esse desiderato.

O sentimento de pertença é algo que aparece nas primeiras necessidades do ser humano.

Há quem considere, seguindo a pirâmide de Maslow, que se encontra nas necessidades de segurança, outros enquadram-na nas necessidades de socialização.

De qualquer das formas, é uma necessidade muito próxima da base dessa pirâmide e não pode, portanto, ser descurada.

Um colaborador que "veste a camisola" terá um empenho, dedicação e compromisso muito maior do que outro que não se sente parte da equipa, com reflexos óbvios para a sua produtividade e para o ambiente geral da empresa.

Devemos, assim, reforçar permanentemente esse sentimento de pertença dentro da nossa organização.

Ao unirmos um grupo numa dinâmica original, que fomente interação, ligação sentimental entre colaboradores e empresa, que reconheça o esforço desenvolvido e aponte metas comuns para o futuro, estamos a contribuir para o reforço do sentimento de pertença.

Vamos ter a partir daí um nível de comprometimento muito mais forte, lealdade reforçada, espírito de sacrifício em alta, uma equipa de lutadores, quase soldados, que darão tudo para levar a empresa a patamares cada vez mais elevados, para vencer todas as batalhas que tiverem que enfrentar.


When we talk about united, cohesive teams, working together for a common goal, we sometimes forget of an essential factor to achieve that desideratum.

Sense of belonging is something that appears in human being’s first needs.

Some people consider it, following the Maslow pyramid, to be a part of our security needs, others fit it in our socialization needs.

Anyway, it's a necessity too close to this pyramid’s base and it cannot, therefore, be neglected.

An employee that wears the company’s shirt will have a much higher commitment and dedication than others who don't feel a part of the team, with obvious reflections for the productivity and overall environment of the company.

We must therefore permanently strengthen this sense of belonging within our organization.

By joining a group around an original dynamic that fosters interaction, emotional connection between employees and company, that recognizes the developed effort and points out common goals for the future, we are contributing to the sense of belonging strengthening.

We will have, from that event on, a much stronger commitment level, enhanced loyalty, higher spirit of sacrifice, a team of fighters, almost soldiers, who will give everything to take the company to ever-higher levels, in order to win every battle they have to face.


terça-feira, 18 de março de 2014

Marketing experiencial / Experience marketing

Uma das vertentes do marketing moderno que mais me apaixona é o marketing experiencial.

Este tipo de marketing assenta em ações marcadas pela emoção e nas experiências sensoriais ou afetivas, criando uma ligação muito próxima entre o cliente e a marca, pelo forte envolvimento que nelas está implícito.

Através de acontecimentos reais ou virtuais, geradores de uma vivência diferenciadora e um profundo envolvimento em determinada situação, o cliente é estimulado e levado a obter uma reação emocional, criando assim um vínculo poderoso com o posicionamento proposto pela marca.

Marcado pelo poder das emoções, das sensações, da surpresa, do contacto na primeira pessoa com algo que desperta os sentidos, as ações de marketing experiencial têm o condão de se tornar em experiências de vida que ficam para sempre na memória dos intervenientes.

Tão importante como o impacto que provoca em quem nelas participa é a sua tendência viral, ou seja, de serem amplamente partilhadas nos meios de comunicação digital, passando a mensagem da marca da forma mais poderosa possível, que é a atividade digital dos potenciais consumidores - o mais próximo que temos do boca a boca da era analógica, multiplicado no seu impacto por vários milhões.

Numa era em que tudo já foi lido e ouvido na comunicação tradicional das marcas, esta forma de fazer as pessoas sentirem-nas, através de momentos de marketing criativos, inovadores e interativos, é, para mim, a forma mais eficaz de envolver os consumidores com uma marca, gerando verdadeira paixão e tornando-os seus embaixadores.

O marketing experiencial é bastante poderoso, seja aplicado aos produtos ou aos serviços, e pode ser feito com investimentos controlados, sendo o seu impacto tão grande que tem, à partida, o seu retorno assegurado, quando bem desenhado e executado.

A chave para este sucesso está em compreender exatamente o que desperta as emoções do consumidor, o que o leva a envolver-se, e isso está, muitas vezes nas pequenas coisas que por vezes deixamos escapar no barulho do bulício diário.


One of modern marketing’s tendencies that I’m most passionate about is experiential marketing.

This type of marketing is based on actions marked by emotion and sensory or affective experiences, creating a very close connection between the customer and the brand, by the strong involvement implied.

Via real or virtual events, generators of a differentiating experience and a deep involvement in a given situation, the client is encouraged to get an emotional response, thus creating a powerful link with the proposed brand positioning.

Marked by the power of emotions, feelings, surprise, the contact with something that awakens the senses, experiential marketing actions have the effect of becoming life experiences that forever remain in the memory of those involved.

As important as the impact that causes directly in those who participate in them is their viral trend, i.e., for being widely shared in digital media, passing the brand message in the most powerful possible way, which is the digital activity of potential consumers - the closest thing we have from the word of mouth of the analog era, multiplied in its impact by several million.

In an era when all has already been read and heard on traditional brand communication, this way of making people feel them, through moments of creative, innovative and interactive marketing, is, for me, the most effective way to engage consumers with a brand, generating true passion and making them its ambassadors.

Experiential marketing is quite powerful, whether it is applied to products or services, and can be done with controlled investments, being its impact so big that, from the outset, its return is assured, when well designed and executed.

The key to its success is in understanding exactly what arouses consumers, what drives them to engage, and it's often the small things that sometimes we miss in the noise of the daily hustle and bustle.


terça-feira, 11 de março de 2014

Turismo Criativo / Creative Tourism

O turismo criativo insere-se no conceito de experiências de 2ª geração e pode ser definido como o turismo que oferece aos visitantes a oportunidade para desenvolver o seu potencial criativo através da participação em cursos e experiências de aprendizagem que são características do destino de férias.

Isso quer dizer que, ao deslocar-se a determinado local, o turista poderá aprender a executar determinada tarefa, normalmente associada às artes, entrando assim em contacto profundo com a comunidade local, partilhando experiências e aprofundando o conhecimento, numa relação de proximidade que estreita relações.

O turismo criativo estimula o enriquecimento cultural e tem efeitos positivos na autoconfiança dos residentes, ajudando na recuperação da herança tangível e intangível do destinos.

As suas características permitem a diversificação da atividade turística sem necessidade de investimento prévio, gerando efeitos positivos na rentabilidade das infraestruturas culturais, graças a esta nova procura.
Com esta nova abordagem consegue-se atrair um novo tipo de turistas, em busca de um alto valor acrescentado e com poder de compra.

Já existem bons exemplos de trabalho nesta área um pouco por todo o mundo, havendo mesmo uma rede internacional – a Creative Tourism Network – que junta destinos, investigadores, organização não-governamentais e empresas, numa rede de partilha de conhecimento nesta área.

Destinos turísticos mundiais com tradição como Paris, Barcelona, Galicia, Brasil, Tailândia ou Áustria já perceberam que o futuro do turismo passa por aqui e têm já disponíveis para os turistas muitas soluções de turismo criativo.


Creative tourism is inserted in the 2nd generation experiences concept  and can be defined as a kind of tourism that offers visitors the opportunity to develop their creative potential through the participation in courses and learning experiences that are characteristic of the holiday destination.

That means that, when visiting a given site, tourists can learn to perform certain tasks, normally associated with the arts, entering thus in deep contact with the local community, sharing experiences and deepening their knowledge, in a proximity relationship that increases the ties between locals and tourists.

Creative tourism stimulates the cultural enrichment and has positive effects on the residents self-confidence, helping in the recovery of the destinations tangible and intangible heritage.

Its characteristics allow the diversification of tourist activities without the need of prior investment, generating a positive effect on the cultural infrastructures profitability, thanks to this new demand.

With this new approach, destinations can attract a new kind of tourists, in search of a high added value and with a bigger purchasing power.

There are already good examples of work in this area all over the world, and there is even an international network – Creative Tourism Network – that joins destinations, researchers, non-governmental organization and companies, in a network where everyone shares knowledge in this area.

Renowned world tourist destinations like Paris, Barcelona, Galicia, Brazil, Thailand or Austria already realized that the future of tourism follows this path and have already many creative tourism solutions available for tourists.

terça-feira, 4 de março de 2014

Reação em cadeia / Chain reaction

Diz a cultura popular que o bater de asas de uma simples borboleta pode influenciar o curso natural das coisas e, eventualmente, provocar um tufão do outro lado do mundo.

Também a Física, através da terceira lei de Newton, nos alerta para o facto de que, se um corpo exerce uma força sobre outro, este reage e exerce sobre o primeiro uma força de intensidade e direção iguais, mas sentido oposto.

Ou seja, temos que ter consciência da influência que todas as nossas ações têm sobre aqueles que nos rodeiam.

Nas organizações temos que estar particularmente atentos às nossas ações para, a darem-se reações em cadeia, serem positivas.

Qualquer gestor tem que estar sensibilizado para o facto de uma reação em cadeia ter efeitos muito poderosos numa empresa, tanto positivos como negativos.

Deve por isso estar atento ao pulsar da empresa e criar condições para que surjam estas ações encadeadas, de sinal mais para a empresa.

Dou muitas vezes o exemplo do dominó ou dos paus de gelado entrelaçados, para uma visualização imediata da força de um pequeno gesto para toda uma organização ou rede.

Gosto de intervir nas equipas por forma a iniciar um movimento deste género, fazendo a ignição de uma reação em cadeia, com reflexos positivos na motivação, compromisso e produtividade de todos os elementos envolvidos.


Popular culture says that a single butterfly flapping its wings can influence the natural course of things and eventually cause a typhoon halfway around the world.

Also physics, according to Newton's third law of motion, alerts us to the fact that, if a body exerts a force on another, it reacts and exerts on the first a force of equal intensity and direction but on the opposite way.

In other words, we have to be aware of the influence that all our actions have on those around us.

In organizations we have to be particularly attentive to our actions, so that, when causing chain reactions, they can be positive.

Any manager has to be aware of the fact that a chain reaction has very powerful effects in a company, both positive and negative.

He or she should, therefore, be attentive to the company’s pulse and create the conditions for these chained actions to arise, with positive strength to the company.

I often give the domino or entwined popsicle sticks examples, for a quick visualization of the strength that a small gesture can have for an entire organization or network.

I like to intervene in teams in order to initiate a motion of this kind, causing the ignition of a chain reaction, with positive effects on motivation, commitment and productivity of all elements involved.