quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aculturação / Acculturation

O termo aculturação é utilizado quando nos referimos às modificações culturais resultantes dos contactos entre pessoas de duas sociedades diferentes. 

Esses contactos podem traduzir-se em interações diretas, provocadas por conquistas militares, colonização, emigração, atividades missionárias ou mesmo pelo fenómeno turístico - que é aquele que mais me interessa - ou em contactos indiretos através dos diversos meios de comunicação.

A aculturação é um fenómeno social constante, que foi, é, e será uma realidade permanente. 

As sociedades não são estanques e influenciam-se umas às outras de diversos modos.

A aculturação parece assumir duas formas principais, havendo entre elas diversos graus intermédios.

A aculturação por destruição, uma forma perniciosa de aculturação muitas vezes verificável em cenários de guerra ou colonização, ocorre quando uma sociedade consegue impor a sua cultura a outra sociedade, sendo que a cultura da primeira desaparece ou se torna residual.

A aculturação por assimilação, mais frequente no turismo, dá-se quando uma sociedade é influenciada pela cultura de outra sociedade mas não põe de lado a sua própria cultura. 

Essa influência constitui um enriquecimento, um alargamento do património cultural.

É uma relação em que todos ganham, na partilha de experiências passadas, onde todos "bebem" um pouco da cultura do outro, alargando o seu conhecimento e visão do mundo.

Sou defensor da criação de vivências criativas no turismo, que contribuem para a aculturação por assimilação, na medida em que os organizadores das mesmas, no destino, transmitem a sua cultura de vida de forma genuína, sem a pôr em causa, mas também recebendo toda a informação e energia de quem com eles interage.


The term acculturation is used when referring to cultural modifications resulting from contacts between people of two different societies.

These contacts can be reflected in direct interactions caused by military conquest, colonization, emigration, missionary activities or even by the touristic phenomenon - which is the one that most interests me - or in indirect contacts through the various media.

Acculturation is a constant social phenomenon, which was, is, and will be a permanent reality.

Societies are not isolated boxes and they influence each other in various ways.

Acculturation seems to assume two main forms, having among them several intermediate degrees.

Acculturation for destruction, a pernicious form of acculturation often verifiable in war scenarios or colonization, occurs when a society can impose their culture to another society, and the culture of the first disappears or becomes residual.

Acculturation by assimilation, more frequent in tourism, is when a society is influenced by the culture of another society but does not put aside their own culture.

This influence is an enrichment, an enlargement of the cultural heritage.

It's a win-win relationship, the sharing of past experience, where everyone drinks a bit of the other’s culture, extending their knowledge and worldview.

I'm a supporter of developing creative experiences in tourism, contributing to acculturation for assimilation, to the extent that the organizers, in the destination, transmit their culture of genuine life, not arming it, but also receiving all the information and energy of whom interacts with them.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Escutar / Listening

O ruído é imenso nas empresas, dada a forte competitividade, o enorme fluxo de informação e o ritmo acelerado dos nossos tempos.

Muitas vezes somos interpelados por algum colega, que nos pergunta se estamos a ouvir, para verificar que a mensagem passou.

Nós respondemos afirmativamente, acenando com a cabeça e continuando com o que estávamos a fazer.
Pouco tempo depois, quando confrontado com essa comunicação anterior, não temos a mais vaga memória do seu conteúdo.

Não mentimos ao nosso colega, estávamos realmente a ouvir, o problema foi que não estávamos a escutar.

O que quero dizer com esta distinção de dois aparentes sinónimos, é que o ato de ouvir é um ato físico, enquanto o ato de escutar é intelectual, na medida em que processamos a informação ouvida quando escutamos, retendo a informação e agindo futuramente tendo-a em conta.

Também no marketing e vendas esta competência para escutar o nosso mercado, os nossos clientes, é fundamental.

Boa parte do sucesso das equipas de marketing e vendas vem da sensibilidade para escutar com atenção o feed-back dos seus clientes, as pistas que nos deixam para concretizar uma venda, as dicas que nos dão para ajustarmos o produto ou serviço às suas reais necessidades, as oportunidades que nos sussurram.

O caminho fica bem mais fácil quando temos esta competência de escutar bem presente dentro de nós, porque nos pode destacar num mundo empresarial cada vez mais cheio de ruído.


Noise in companies is immense, given the strong competitiveness, the huge flow of information and the rapid pace of our times.

We are often approached by colleagues, who ask us if we heard them, to verify that the message went through.

We answer affirmatively, nodding and continuing with what we were doing.

Shortly thereafter, when confronted with this previous communication, we don't have the foggiest memory of its content.

We didn’t lie to our colleagues, we really heard them, the problem was that we weren't listening.

What I mean with this distinction of two apparent synonyms, is that the action of hearing is a physical action, while the action of listening is intellectual, insofar as we process the information heard when listening, retaining the information and taking it into account for future actions.

Also in marketing and sales, this skill of listening to our market, our customers, is crucial.

Much of the marketing and sales teams success comes from this sensitivity to listen carefully to its customers feed-back, the clues they leave that allow us to achieve a sale, the hints they give to adjust the product or service to their real needs, the opportunities they whisper.

The path is a lot easier when we have this listening skill well present within us, because we can outstand in an increasingly full of noise business world.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Desenvolver a liderança participativa / Developing participative leadership

A liderança participativa é um estilo que baseia a sua ação no respeito e no compromisso de todos os intervenientes.

A visão de um líder participativo passa por envolver todos os elementos da equipa na identificação dos objetivos críticos para a organização e no desenvolvimento de procedimentos ou estratégias para os atingir.

É uma forma de liderança que podemos considerar mais avançada do que a liderança convencional, por ser mais democrática e mais eficiente.

O seu foco passa por criar responsabilidade partilhada para a ação e criar um sentido de comunidade, fortalecendo assim a aprendizagem individual e coletiva, que se traduzem num real desenvolvimento organizacional e crescimento produtivo.

Os líderes participativos aproveitam todas as oportunidades como mecanismos de libertação do potencial da organização, encorajando o envolvimento ativo de todos os elementos da equipa.

A descoberta de competências escondidas, devido a esta dinâmica de participação, ajuda efetivamente a equipa no seu trabalho quotidiano, mas também alerta a organização para pessoas dentro da equipa a quem deveriam ser dadas oportunidades para desenvolver determinadas competências para estarem disponíveis para a empresa futuramente.

É um estilo de liderança que merece ser aplicado desenvolvido, dado poder trazer tão bons resultados para a organização.

Participative leadership is a style which bases its action on the respect and commitment of all stakeholders.

A participative leader’s vision undergoes involving all team members in identifying the organization’s critical objectives and in the development of procedures or strategies to achieve them.

It's a form of leadership that we can consider more advanced than conventional leadership, for being more democratic and more efficient.

Its focus is to create shared responsibility for the action and create a sense of community, strengthening the individual and collective learning, that translates into a real organizational development and productive growth.

Participative leaders take advantage of every opportunity as release mechanisms of the organization’s potential, encouraging the active involvement of all team members.

The discovery of hidden skills, due to this dynamic of participation, effectively helps the team in its daily work, but also alerts the organization for people within the team to whom opportunities to develop certain skills should be given, to be available to the company in the future.

It’s a leadership style that deserves to be developed, since it can bring such good results for the organization.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cocriação / Co-creation

Imagine que pode idealizar uma experiência e criá-la desde a raíz com quem o vai ajudar a concretizá-la?

Tudo é feito à sua medida e pode acompanhar todos os detalhes para que nada falte nessa experiência de sonho.

Chama-se a isso cocriação e é algo que em que eu acredito piamente.

Num universo onde a informação abunda, às vezes é difícil encontrarmos exatamente aquilo que queremos e podemos ter alguma dificuldade em juntar todas as peças para fazer as coisas acontecerem.

Por outro lado, é normal vermos tudo "empacotado" de forma a que se consiga vender em massa, sem hipótese de intervenção nossa.

Acredito exatamente no contrário, na experiência que só é verdadeiramente válida se o cliente também tiver hipótese de participar na sua criação.

Ao deixarmos o cliente participar na criação, trazemos novos mundos e perspetivas para a experiência, que nos levarão seguramente a um enriquecimento do serviço, encontrando soluções que, provavelmente, nunca nos passariam pela cabeça.

Melhor ainda, temos a garantia que, seguindo esse caminho trilhado a dois, estamos a aumentar imenso as hipóteses de satisfação total do cliente, estabelecendo uma relação de proximidade que se prolongará para o futuro.

Este conceito de cocriação é agregador de valor para cliente e fornecedor, na medida em que todos descobrem novas abordagens e assim se consegue chegar um resultado final, único, irrepetível e inesquecível.


Imagine that you can dream about an experience and create it from scratch with someone that is going to help you to make it happen?

Everything is tailor made to fit you and you can follow all the details so that nothing is missing in this dream experience.

This is called co-creation and it's something in which I strongly believe.

In a universe where information is everywhere, sometimes it’s difficult to find exactly what we want and we can have some difficulty in putting all the pieces together to make things happen.

On the other hand, it is normal to see everything “packed” so that it can be sold massively, leaving us without the opportunity to intervene.

I believe on the exact opposite, in the experience that is only truly valid if the client also has the chance to participate in its creation.

When we let the customer participate in the creation, we bring new worlds and perspectives to the experience, which will surely lead us to the service enrichment, finding solutions that, probably, never would cross our mind.

Better yet, we have the guarantee that, by following this path travelled alongside with the customer, we are greatly increasing the chances of complete customer satisfaction, while establishing a proximity relationship that extends into the future.

This concept of co-creation is a value aggregator for both customers and suppliers, since all of them discover new approaches and, therefore, you can get a unique, unrepeatable and unforgettable final result.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mentalidade de crescimento / Growth mindset

A maneira como abordamos a vida e a profissão define-nos enquanto pessoas.

Acredito que a nossa mentalidade influi na nossa forma de trabalhar, resolver problemas e crescer enquanto indivíduos.

Nunca tinha, no entanto, parado para pensar nisto, nunca tinha ouvido uma abordagem científica consistente a este tema, e muito menos tinha feito uma auto-análise sobre a minha mentalidade.

Estou neste momento a fazer um curso online sobre Pensamento Design para a Inovação nos Negócios, onde a Dra. Jeanne Liedtka abordou este tema de uma forma clara, que me fez perceber exatamente como me posso definir, sobre esta perspectiva da mentalidade.

Vale bem a pena ver este vídeo, para percebermos como a nossa mentalidade é decisiva para a forma como abordamos a inovação e os contextos de negócios instáveis e carregados de incertezas, aumentando ou diminuindo as nossas hipóteses de sucesso conforme somos mais orientados para uma mentalidade de crescimento ou fixa.

Eu sou, sem margem para dúvidas, como o Geoff.

E vocês?


The way we approach life and work defines us as a person.

I believe that mindset influences our way of working, solving problems and growing as individuals.

Never had I, however, stopped to think about it, I had never heard a consistent scientific approach to this topic, let alone had done a self-analysis about my mindset.

I am currently taking an online course about Design Thinking for Business Innovation, where Dr. Jeanne Liedtka addressed this topic in a very clear way, which made me realize exactly how I can define myself, from this mindset point of view.

Watching this video is a must, to see how our mindset is decisive for the way we approach innovation and unstable and uncertain business contexts, increasing or decreasing our chances of success as we are more oriented towards a growth or fixed mindset.

I am, without a shadow of a doubt, like Geoff.

What about you?


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Vender soluções / Solutions selling

O vendedor moderno, tem que ter uma visão mais abrangente do que a tradicional na sua função.

A sua prioridade número um é vender - julgo que todos estaremos de acordo – mas vender o quê, a quem e porquê?

O consumidor de hoje é alguém informado, com acesso a múltiplas plataformas e desconfiado do estilo de vendas mais agressivo.

Nas lojas é normal ouvir a expressão “em que lhe posso ser útil?”, mas é necessário que todos os vendedores tenham uma real preocupação com o verdadeiro conteúdo desta frase, que genuinamente se preocupem em perceber qual é o problema do cliente e empenhar-se para o resolver.

O cliente moderno procura uma resposta rápida e eficaz para um problema que tem e não se deixa enlear facilmente na argumentação que o tenta forçar para uma gama limitada de produtos, por mais hábil que seja.

A missão do vendedor é, portanto, perceber exatamente qual é o problema e encontrar uma solução que satisfaça na plenitude as necessidades do cliente, estabelecendo uma relação de parceria e confiança durante esse processo, que lhe vai garantir que o cliente recorrerá a si novamente no futuro.

Às competências naturais de um bom vendedor clássico, juntam-se assim a criatividade, a cocriação, a versatilidade, a escuta ativa e o networking, que o ajudarão seguramente a obter melhores resultados.


Modern sales people need to have a broader vision than the traditional in its function.

Their number one priority is to sell - I think we all agree with that – but selling what, to who and why?

Consumers today are better informed, with access to multiple platforms and suspicious of a more aggressive sales style.

It is normal to hear the expression "can I help you?" in stores, but it is necessary that all sales people have a real concern with the true meaning of this sentence, that genuinely bother to understand the customer's problem and strive to solve it.

Modern clients are seeking for a quick and effective response to a problem and are not easily tangled in an argumentation line that tries to force them to a limited range of products, no matter how skilled that argumentation is.

Sales people mission is, therefore, to understand exactly what the problem is and find a solution that fully satisfies customer’s needs, establishing a partnership and trust relationship along the process, which will ensure that the client will come again in the future.

To the great classic sales people natural skills, we have to join creativity, co-creation, versatility, active listening and networking, that will surely help achieving better results.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Produtividade / Productivity

A produtividade hoje em dia é uma das principais preocupações das empresas.

Os líderes das empresas estão cada vez mais focados na necessidade de produzir mais com menos.

Um dos principais fatores de aumento de produtividade - muitas vezes neglicenciado por quem lidera as organizações - é a valorização das pessoas e o bom relacionamento humano entre os colaboradores.

Ao promover a valorização dos recursos humanos e as suas relações interpessoais, os gestores potenciam os resultados das suas equipas, garantindo a máxima performance de todos os envolvidos no processo produtivo e gerando compromissos de maximização de recursos entre todos.

Com um grupo de indivíduos que se sintam valorizados a todo o tempo, a quem sejam dadas ferramentas de crescimento pessoal contínuo e que encontrem no local de trabalho um sítio onde se sintam integrados na plenitude, os resultados são visivelmente melhores do que numa empresa em que se verifique o inverso.

O investimento nos recursos humanos, para além da componente técnica, dota a empresa de colaboradores mais motivados, comprometidos com os objetivos da empresa e, em última análise, mais produtivos.

Surge então a necessidade de investimento na formação comportamental e na consolidação do bom ambiente interpessoal, sendo a organização de eventos empresariais focados no trabalho destes fatores uma solução que contribui no imediato para o aumento da produtividade nas equipas de trabalho.


Productivity today is one of the companies’ main concerns.

Corporate leaders are increasingly focused on the need to produce more with less.

One of the main factors for increased productivity - often neglected by those who lead organizations - is in valuing people and having good human relationship between employees.

By promoting human resources development and their interpersonal relations, managers can boost their team’s results, ensuring maximum performance of all those involved in the production process and generating commitments for resources maximization among all.

With a group of individuals who feel valued at all times, whom are given continuous personal growth tools and that find a workplace where they feel fully integrated, results are noticeably better than in a company where the inverse occurs.

Investment in human resources, beyond the technical component, endows the company with more motivated employees, committed to the company’s objectives and, ultimately, more productive.


The need for investment in training and in good interpersonal environment consolidation becomes evident, being the organization of corporate events focused on these factors a great solution, contributing immediately to increased productivity in work teams.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Diagnóstico prévio / Previous diagnosis

A planificação de um evento empresarial é fundamental para o sucesso do mesmo.

Para definirmos com maior exatidão qual o melhor caminho a seguir, devemos começar por diagnosticar como é a nossa equipa, quais os desafios que enfrenta e o que pretendemos dela.

Devemos então dedicar algum tempo a pensar nos pontos fortes e fracos da nossa equipa, fazendo-nos a nós mesmos algumas questões para nos ajudar a identificar a raíz dos eventuais problemas da equipa.

Existem conflitos entre alguns elementos que estejam a criar conflitos dentro da equipa?

Há necessidade de alguns elementos conhecerem melhor outros?

Alguns colaboradores focam-se no seu próprio sucesso, prejudicando a organização com esta atitude?

A comunicação deficiente atrasa o progresso do grupo?

Temos alguns elementos resistentes à mudança, e isso afeta o desenvolvimento e produtividade do grupo?

As pessoas têm que aprender a trabalhar em conjunto, em vez de individualmente?

Os colaboradores precisam de ver a sua motivação aumentada?

Depois de identificados os verdadeiros fatores geradores de eventuais problemas dentro da organização, podemos então planear com maior eficácia as ações a desenvolver num evento empresarial, focando-nos neles.

Com este diagnóstico prévio estaremos a obter reais benefícios da ação, fazendo sentir a todos que valeu mesmo a pena investir nela.


Planning a corporate event is critical to its success.

To determine accurately what the best way to follow is, we must start by diagnose how is our team, what challenges it’s facing and what we want from it.

We must then dedicate some time thinking about the strengths and weaknesses of our team, making ourselves a few questions to help us identify the root of the team’s problems.

Are the conflicts between some elements that are creating conflicts within the team?

Is there a need for some elements to get to know others better?

Some employees focus on their own success, damaging the organization with this attitude?

Poor communication delays the progress of the group?

We have some elements resistant to change, and this affects the development and productivity of the group?

People need to learn to work together, rather than individually?

Employees need to see their motivation increased?

After identifying the factors that are eventually generating problems within the organization, we can then plan more effectively the actions to develop in a corporate event, focusing on them.

With this previous diagnosis will be obtaining real benefits from the event, making everybody aware that it was worth investing in it.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Turismo experiencial / Experiential tourism

Para subir na cadeia de valor, em turismo, deve-se fazer o foco nas experiências, ao invés da abordagem que tem sido comum no setor.

Começar a dar mais importância à agregação de valores ao tempo passado e à experiência vivida, ao invés do foco nas infraestruturas e serviços é fundamental para atingir determinados nichos de mercado, subindo na cadeia de valor e posicionando-se não em função do preço, mas sim pelo tema da experiência, ganhando relevância para o turista e diferenciação em relação à concorrência.

O destino turístico deverá, portanto, ser encarado como um teatro de interação, com participação na produção dos temas de experiência.

Podemos categorizar as experiências em quatro grandes grupos: “sensoriais/físicos”, “emocionais”, “intelectuais/espirituais” e “sociais”, sendo as características de uma experiência, resumidamente, as seguintes:

- O marco de referência é a pessoa

- Estruturado na nossa existência

- Através de um processo temporal

- Com uma gradação e intensidade determinadas

- Um todo independente, emocional

- Com sentido

- Que não exige nenhum compromisso

- Complexa e multidimensional

As experiências turísticas atualmente disponíveis no mercado têm como principal foco os grupos sensoriais/físicos e emocionais, mas essa é uma tendência que está já a modificar-se, pelo que vale a pena estar atento ao seu desenvolvimento.


To move up in the value chain, in tourism, our focus should be on the experience, rather than the common approach in this industry.

Giving more importance to the aggregation of values to the spent time and lived experience, instead of focusing on infrastructures and services, is fundamental to attain certain niche markets, moving up the value chain and positioning ourselves not by the price, but rather by the theme of the experience, gaining relevance for tourists and differentiating from the competition.

Tourist destinations should therefore be seen as an interaction theater, participating in the production of the experience themes.

We can categorize experiences into four major groups: "sensory/physical", "emotional", "intellectual/spiritual" and "social", being the characteristics of an experience, briefly, as follows:

-The frame of reference is the person

-Structured in our existence

-Through a time process

-With a determined intensity and gradation

-An independent, emotional, whole
-With sense

-Requiring no commitment

-Complex and multidimensional

Tourist experiences currently available on the market have primarily focus on the sensory/physical and emotional groups, but this is a trend that is already changing, for what it's worth to be attentive to its development.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sair da zona de conforto / Stepping out of the comfort zone

Inconscientemente, todos nós vamos criando "almofadas" nos nossos postos de trabalho, que nos permitem dar passos seguros e minimizar as hipóteses de surpresa, de confrontação ou mudança.

Estamos confortáveis com o que temos, com o que fazemos e com a forma como nos relacionamos e por isso não temos grandes motivos para sair dessa nossa zona de conforto.

É assim que se criam relações superficiais nos grupos de trabalho, que se perde a vontade de empreender e inovar, que se torna a criatividade numa miragem.

As organizações atuais não se podem dar ao luxo de ter colaboradores acomodados, e é por isso que é importante tirarmos essas pessoas da sua zona de conforto, para que possamos estimular os seus cérebros, descobrir novas competências, pô-las mais disponíveis para apreender a nossa mensagem, deixar cair máscaras, ultrapassar barreiras e preconceitos, quebrar medos e superar obstáculos aparentemente intransponíveis.

Saindo da nossa zona de conforto estamos a ser postos perante cenários que nos fazem crescer, como indivíduos e como grupo, garantindo um aumento nos níveis de motivação e compromisso imediatamente após sermos expostos a esse cenário novo.

É bom ser incomodado, é bom ser desafiado, é bom estar desconfortável, é bom atrevermo-nos a mudar de cenário, porque só assim conseguimos crescer e inovar.


Unconsciously, we are all creating “pillows” in our jobs, that allow us to take secure steps and minimize the chances of surprise, of confrontation or change.

We are comfortable with what we have, what we do and the way we relate with others, and that's why we think we don't have reasons to get out of our comfort zone.

That's how you create superficial relations in the working groups, you lose the will to undertake and innovate, that creativity becomes a mirage.

Current organizations cannot afford to have accommodated employees, and that is why it is important to make people step out of their comfort zone, so that we can stimulate their brains, discover new skills, make them more available to absorb our message, dropping masks, overcome barriers and prejudices, break down fears and overcome seemingly insurmountable obstacles.

When leaving our comfort zone, we are being faced with scenarios that make us grow as individuals and as a group, guaranteeing an increase of motivation and commitment  levels immediately after being exposed to this new scenario.

It's good to be bothered, it's good to be challenged, it's good to be uncomfortable, it’s good to dare changing the scenario, because only then will we be able to grow and innovate.