terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Relações humanas e afetos / Human relations and affections

As organizações são constituídas por pessoas, com toda a sua complexidade emocional, que as tornam tão especiais.

O ser humano tem uma capacidade natural para se relacionar e criar afetos, e de se superar na defesa daqueles que lhe são queridos.

Não existe nenhum esforço grande de mais para uma pessoa, quando é feito para ajudar aqueles de quem gosta.

Ao incentivarmos a criação de laços dentro da nossa organização estamos a criar elos inquebrantáveis entre as pessoas, que têm um impacto direto na forma como estes se entregam à equipa e à obtenção de resultados da mesma.

Ao fazê-lo estamos também a contribuir para a criação de uma identidade comum a todos os elementos da equipa, gerando laços de afeto também com a própria organização, fazendo com que todos se superem na defesa dos interesses da mesma.

Uma das formas de facilitar a criação de relacionamentos e afetos entre os elementos de uma organização é criar um ambiente propício através de um momento de vivência de equipa onde todos se descobrem e descobrem os outros, encontrando pontos em comum, que os unem.

O Natal é uma época do ano em que vemos este tipo de evento empresarial a ser organizado, porque as pessoas estão mentalmente mais disponíveis para deixar fluir os seus afetos e transportam o espírito natalício para as empresas.

É, portanto, uma excelente altura para promover esta criação de afetos e fomentar as relações humanas dentro da empresa.

A partir daí será muito mais fácil conseguir uma equipa unida, motivada e produtiva, capaz de vencer todos os desafios que a organização se propõe a superar.

Bom Natal!


Organizations are made up of people, with all their emotional complexity, that make them so special.

Human beings have a natural ability to relate to and create affections, and to overcome themselves in the defense of those dear to them.

There is no effort big enough for a person, when it is done to help those you care about.

When encouraging people bonding within our organization we are creating unbreakable links between people, which have a direct impact on how they deliver themselves to the team and to achieving its results.

In doing so we are also contributing to the creation of a common identity within the team, creating bonds of affection with the organization itself, making everyone overcome in the defense of the organization interests.

One of the ways to facilitate the creation of relationships and emotions among the elements of an organization is to create an enabling environment through a moment of team experience where everyone finds out and discovers the others, finding common points that unite them.

Christmas is a time of the year when we see this kind of corporate events taking place, because people are mentally more available to let their affections flow and they carry this holiday spirit to their companies.

It is, therefore, an excellent time to promote this affection creation and foster human relations within the company.

From there it will be much easier to achieve a united, motivated and productive team, able to win all the challenges that the organization sets to be overcomed.

Merry Christmas!


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Experiências de segunda geração / Second generation experiences

O desenvolvimento do conceito de experiências turísticas chegou agora à segunda geração, onde o referencial é a pessoa e os seus valores individuais, culturais e sociais, passando o sujeito (turista) a ser o protagonista.

Nestas experiências incentiva-se a cocriação, indo assim ao encontro das mais profundas expectativas do turista e às suas necessidades psicológicas.

Na segunda geração de experiências importa a função que tem a experiência para o sujeito, o seu sentido, se ele busca autorrealização, pertença ou algo diferente mas igualmente profundo nos seus valores e referências individuais. 

É este tipo de experiências, com um foco determinante nas características e motivações intrínsecas do indivíduo, que tenho promovido em projetos recentes.

Mais do que uma relação de fornecedor-cliente, o que se busca é a plena satisfação das expectativas do participante, através de uma relação de parceria e de trabalho em conjunto, para que se obtenha assim uma experiência única, memorável e irrepetível.


The development of the tourist experience concept has come to a second generation, where the person and its individual, cultural and social values are the reference, assuming the subject (tourist) the leading role.

In these experiences co-creation is encouraged, meeting, therefore, tourist’s deepest expectations and psychological needs.

In second generation experiences, the function that the experience has for the subject matters.

Its meaning, if he/she seeks auto-fulfillement, belonging or something different but equally profound in its values and individual references.

It’s this kind of experiences, with a key focus on the characteristics and intrinsic motivations of the individual, I have promoted in recent projects.

More than a provider-client relationship, what we look for is to fully satisfy the participant expectations, through a partnership relationship and team work, in order to achieve a unique, memorable and unrepeatable experience.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Competitividade e equipas de trabalho / Competitiveness and work teams

A competitividade das organizações está fortemente ligada à forma como os seus recursos humanos estão envolvidos com os objetivos destas.

Criar equipas competitivas depende de vários fatores, que quem lidera as organizações deve ter sempre presentes na sua ação.

Deve-se aferir regularmente o compromisso dos colaboradores com o projeto organizacional, o conhecimento e implicação dos componentes da equipa no projeto.

Formar um grupo onde exista corresponsabilidade, onde todos os componentes da equipa se responsabilizam pela realização do projeto organizacional, assumindo os ónus e bónus das suas ações.

Deixar bem claras as relações de interdependência, assegurando que todos os colaboradores conhecem o seu próprio trabalho e o do colega e tenham consciência que o seu trabalho depende do trabalho do outro e vice-versa.

Promover a integração, tendo a certeza de que todos os membros da equipa trabalham de forma afinada, com sólidos vínculos de trabalho, partilhando o compromisso, a responsabilidade e o gosto pelo fazer coletivo.

Estabelecer um claro compromisso com os resultados, em que todos são responsáveis e implicados no alcance das metas e na conquista dos resultados.

A minha missão, dentro da minha empresa ou quando colaboro com outras, é ajudar na criação de um ambiente favorável, com condições para o desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes para trabalhar em equipa.


Organization’s competiveness is strongly linked to the way its human resources are involved with its objectives.

Creating competitive teams depends on several factors, which those who lead organizations must always bear in mind in their action.

Employees’ commitment with organizational design, knowledge and team members’ involvement in the project must be evaluated regularly.

Forming a group where there is co-responsibility, where all components of the team are responsible project realization, assuming the burdens and bonuses of their actions.

Making interdependence relations very clear, assuring that all employees know their own work and that of the colleague, and are aware that their job relies on the work of the other and vice versa.

Promoting integration, making sure that all team members work in tune, with solid working links, sharing the commitment, responsibility and pleasure for collective work.

Establishing a clear commitment with results, in which everyone is responsible and involved in achieving goals and conquering results.

My mission, whether in my company or while collaborating with another one, is to help in the creation of an enabling environment, with conditions for the development of skills, competences and attitudes to work as a team.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aculturação / Acculturation

O termo aculturação é utilizado quando nos referimos às modificações culturais resultantes dos contactos entre pessoas de duas sociedades diferentes. 

Esses contactos podem traduzir-se em interações diretas, provocadas por conquistas militares, colonização, emigração, atividades missionárias ou mesmo pelo fenómeno turístico - que é aquele que mais me interessa - ou em contactos indiretos através dos diversos meios de comunicação.

A aculturação é um fenómeno social constante, que foi, é, e será uma realidade permanente. 

As sociedades não são estanques e influenciam-se umas às outras de diversos modos.

A aculturação parece assumir duas formas principais, havendo entre elas diversos graus intermédios.

A aculturação por destruição, uma forma perniciosa de aculturação muitas vezes verificável em cenários de guerra ou colonização, ocorre quando uma sociedade consegue impor a sua cultura a outra sociedade, sendo que a cultura da primeira desaparece ou se torna residual.

A aculturação por assimilação, mais frequente no turismo, dá-se quando uma sociedade é influenciada pela cultura de outra sociedade mas não põe de lado a sua própria cultura. 

Essa influência constitui um enriquecimento, um alargamento do património cultural.

É uma relação em que todos ganham, na partilha de experiências passadas, onde todos "bebem" um pouco da cultura do outro, alargando o seu conhecimento e visão do mundo.

Sou defensor da criação de vivências criativas no turismo, que contribuem para a aculturação por assimilação, na medida em que os organizadores das mesmas, no destino, transmitem a sua cultura de vida de forma genuína, sem a pôr em causa, mas também recebendo toda a informação e energia de quem com eles interage.


The term acculturation is used when referring to cultural modifications resulting from contacts between people of two different societies.

These contacts can be reflected in direct interactions caused by military conquest, colonization, emigration, missionary activities or even by the touristic phenomenon - which is the one that most interests me - or in indirect contacts through the various media.

Acculturation is a constant social phenomenon, which was, is, and will be a permanent reality.

Societies are not isolated boxes and they influence each other in various ways.

Acculturation seems to assume two main forms, having among them several intermediate degrees.

Acculturation for destruction, a pernicious form of acculturation often verifiable in war scenarios or colonization, occurs when a society can impose their culture to another society, and the culture of the first disappears or becomes residual.

Acculturation by assimilation, more frequent in tourism, is when a society is influenced by the culture of another society but does not put aside their own culture.

This influence is an enrichment, an enlargement of the cultural heritage.

It's a win-win relationship, the sharing of past experience, where everyone drinks a bit of the other’s culture, extending their knowledge and worldview.

I'm a supporter of developing creative experiences in tourism, contributing to acculturation for assimilation, to the extent that the organizers, in the destination, transmit their culture of genuine life, not arming it, but also receiving all the information and energy of whom interacts with them.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Escutar / Listening

O ruído é imenso nas empresas, dada a forte competitividade, o enorme fluxo de informação e o ritmo acelerado dos nossos tempos.

Muitas vezes somos interpelados por algum colega, que nos pergunta se estamos a ouvir, para verificar que a mensagem passou.

Nós respondemos afirmativamente, acenando com a cabeça e continuando com o que estávamos a fazer.
Pouco tempo depois, quando confrontado com essa comunicação anterior, não temos a mais vaga memória do seu conteúdo.

Não mentimos ao nosso colega, estávamos realmente a ouvir, o problema foi que não estávamos a escutar.

O que quero dizer com esta distinção de dois aparentes sinónimos, é que o ato de ouvir é um ato físico, enquanto o ato de escutar é intelectual, na medida em que processamos a informação ouvida quando escutamos, retendo a informação e agindo futuramente tendo-a em conta.

Também no marketing e vendas esta competência para escutar o nosso mercado, os nossos clientes, é fundamental.

Boa parte do sucesso das equipas de marketing e vendas vem da sensibilidade para escutar com atenção o feed-back dos seus clientes, as pistas que nos deixam para concretizar uma venda, as dicas que nos dão para ajustarmos o produto ou serviço às suas reais necessidades, as oportunidades que nos sussurram.

O caminho fica bem mais fácil quando temos esta competência de escutar bem presente dentro de nós, porque nos pode destacar num mundo empresarial cada vez mais cheio de ruído.


Noise in companies is immense, given the strong competitiveness, the huge flow of information and the rapid pace of our times.

We are often approached by colleagues, who ask us if we heard them, to verify that the message went through.

We answer affirmatively, nodding and continuing with what we were doing.

Shortly thereafter, when confronted with this previous communication, we don't have the foggiest memory of its content.

We didn’t lie to our colleagues, we really heard them, the problem was that we weren't listening.

What I mean with this distinction of two apparent synonyms, is that the action of hearing is a physical action, while the action of listening is intellectual, insofar as we process the information heard when listening, retaining the information and taking it into account for future actions.

Also in marketing and sales, this skill of listening to our market, our customers, is crucial.

Much of the marketing and sales teams success comes from this sensitivity to listen carefully to its customers feed-back, the clues they leave that allow us to achieve a sale, the hints they give to adjust the product or service to their real needs, the opportunities they whisper.

The path is a lot easier when we have this listening skill well present within us, because we can outstand in an increasingly full of noise business world.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Desenvolver a liderança participativa / Developing participative leadership

A liderança participativa é um estilo que baseia a sua ação no respeito e no compromisso de todos os intervenientes.

A visão de um líder participativo passa por envolver todos os elementos da equipa na identificação dos objetivos críticos para a organização e no desenvolvimento de procedimentos ou estratégias para os atingir.

É uma forma de liderança que podemos considerar mais avançada do que a liderança convencional, por ser mais democrática e mais eficiente.

O seu foco passa por criar responsabilidade partilhada para a ação e criar um sentido de comunidade, fortalecendo assim a aprendizagem individual e coletiva, que se traduzem num real desenvolvimento organizacional e crescimento produtivo.

Os líderes participativos aproveitam todas as oportunidades como mecanismos de libertação do potencial da organização, encorajando o envolvimento ativo de todos os elementos da equipa.

A descoberta de competências escondidas, devido a esta dinâmica de participação, ajuda efetivamente a equipa no seu trabalho quotidiano, mas também alerta a organização para pessoas dentro da equipa a quem deveriam ser dadas oportunidades para desenvolver determinadas competências para estarem disponíveis para a empresa futuramente.

É um estilo de liderança que merece ser aplicado desenvolvido, dado poder trazer tão bons resultados para a organização.

Participative leadership is a style which bases its action on the respect and commitment of all stakeholders.

A participative leader’s vision undergoes involving all team members in identifying the organization’s critical objectives and in the development of procedures or strategies to achieve them.

It's a form of leadership that we can consider more advanced than conventional leadership, for being more democratic and more efficient.

Its focus is to create shared responsibility for the action and create a sense of community, strengthening the individual and collective learning, that translates into a real organizational development and productive growth.

Participative leaders take advantage of every opportunity as release mechanisms of the organization’s potential, encouraging the active involvement of all team members.

The discovery of hidden skills, due to this dynamic of participation, effectively helps the team in its daily work, but also alerts the organization for people within the team to whom opportunities to develop certain skills should be given, to be available to the company in the future.

It’s a leadership style that deserves to be developed, since it can bring such good results for the organization.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cocriação / Co-creation

Imagine que pode idealizar uma experiência e criá-la desde a raíz com quem o vai ajudar a concretizá-la?

Tudo é feito à sua medida e pode acompanhar todos os detalhes para que nada falte nessa experiência de sonho.

Chama-se a isso cocriação e é algo que em que eu acredito piamente.

Num universo onde a informação abunda, às vezes é difícil encontrarmos exatamente aquilo que queremos e podemos ter alguma dificuldade em juntar todas as peças para fazer as coisas acontecerem.

Por outro lado, é normal vermos tudo "empacotado" de forma a que se consiga vender em massa, sem hipótese de intervenção nossa.

Acredito exatamente no contrário, na experiência que só é verdadeiramente válida se o cliente também tiver hipótese de participar na sua criação.

Ao deixarmos o cliente participar na criação, trazemos novos mundos e perspetivas para a experiência, que nos levarão seguramente a um enriquecimento do serviço, encontrando soluções que, provavelmente, nunca nos passariam pela cabeça.

Melhor ainda, temos a garantia que, seguindo esse caminho trilhado a dois, estamos a aumentar imenso as hipóteses de satisfação total do cliente, estabelecendo uma relação de proximidade que se prolongará para o futuro.

Este conceito de cocriação é agregador de valor para cliente e fornecedor, na medida em que todos descobrem novas abordagens e assim se consegue chegar um resultado final, único, irrepetível e inesquecível.


Imagine that you can dream about an experience and create it from scratch with someone that is going to help you to make it happen?

Everything is tailor made to fit you and you can follow all the details so that nothing is missing in this dream experience.

This is called co-creation and it's something in which I strongly believe.

In a universe where information is everywhere, sometimes it’s difficult to find exactly what we want and we can have some difficulty in putting all the pieces together to make things happen.

On the other hand, it is normal to see everything “packed” so that it can be sold massively, leaving us without the opportunity to intervene.

I believe on the exact opposite, in the experience that is only truly valid if the client also has the chance to participate in its creation.

When we let the customer participate in the creation, we bring new worlds and perspectives to the experience, which will surely lead us to the service enrichment, finding solutions that, probably, never would cross our mind.

Better yet, we have the guarantee that, by following this path travelled alongside with the customer, we are greatly increasing the chances of complete customer satisfaction, while establishing a proximity relationship that extends into the future.

This concept of co-creation is a value aggregator for both customers and suppliers, since all of them discover new approaches and, therefore, you can get a unique, unrepeatable and unforgettable final result.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mentalidade de crescimento / Growth mindset

A maneira como abordamos a vida e a profissão define-nos enquanto pessoas.

Acredito que a nossa mentalidade influi na nossa forma de trabalhar, resolver problemas e crescer enquanto indivíduos.

Nunca tinha, no entanto, parado para pensar nisto, nunca tinha ouvido uma abordagem científica consistente a este tema, e muito menos tinha feito uma auto-análise sobre a minha mentalidade.

Estou neste momento a fazer um curso online sobre Pensamento Design para a Inovação nos Negócios, onde a Dra. Jeanne Liedtka abordou este tema de uma forma clara, que me fez perceber exatamente como me posso definir, sobre esta perspectiva da mentalidade.

Vale bem a pena ver este vídeo, para percebermos como a nossa mentalidade é decisiva para a forma como abordamos a inovação e os contextos de negócios instáveis e carregados de incertezas, aumentando ou diminuindo as nossas hipóteses de sucesso conforme somos mais orientados para uma mentalidade de crescimento ou fixa.

Eu sou, sem margem para dúvidas, como o Geoff.

E vocês?


The way we approach life and work defines us as a person.

I believe that mindset influences our way of working, solving problems and growing as individuals.

Never had I, however, stopped to think about it, I had never heard a consistent scientific approach to this topic, let alone had done a self-analysis about my mindset.

I am currently taking an online course about Design Thinking for Business Innovation, where Dr. Jeanne Liedtka addressed this topic in a very clear way, which made me realize exactly how I can define myself, from this mindset point of view.

Watching this video is a must, to see how our mindset is decisive for the way we approach innovation and unstable and uncertain business contexts, increasing or decreasing our chances of success as we are more oriented towards a growth or fixed mindset.

I am, without a shadow of a doubt, like Geoff.

What about you?


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Vender soluções / Solutions selling

O vendedor moderno, tem que ter uma visão mais abrangente do que a tradicional na sua função.

A sua prioridade número um é vender - julgo que todos estaremos de acordo – mas vender o quê, a quem e porquê?

O consumidor de hoje é alguém informado, com acesso a múltiplas plataformas e desconfiado do estilo de vendas mais agressivo.

Nas lojas é normal ouvir a expressão “em que lhe posso ser útil?”, mas é necessário que todos os vendedores tenham uma real preocupação com o verdadeiro conteúdo desta frase, que genuinamente se preocupem em perceber qual é o problema do cliente e empenhar-se para o resolver.

O cliente moderno procura uma resposta rápida e eficaz para um problema que tem e não se deixa enlear facilmente na argumentação que o tenta forçar para uma gama limitada de produtos, por mais hábil que seja.

A missão do vendedor é, portanto, perceber exatamente qual é o problema e encontrar uma solução que satisfaça na plenitude as necessidades do cliente, estabelecendo uma relação de parceria e confiança durante esse processo, que lhe vai garantir que o cliente recorrerá a si novamente no futuro.

Às competências naturais de um bom vendedor clássico, juntam-se assim a criatividade, a cocriação, a versatilidade, a escuta ativa e o networking, que o ajudarão seguramente a obter melhores resultados.


Modern sales people need to have a broader vision than the traditional in its function.

Their number one priority is to sell - I think we all agree with that – but selling what, to who and why?

Consumers today are better informed, with access to multiple platforms and suspicious of a more aggressive sales style.

It is normal to hear the expression "can I help you?" in stores, but it is necessary that all sales people have a real concern with the true meaning of this sentence, that genuinely bother to understand the customer's problem and strive to solve it.

Modern clients are seeking for a quick and effective response to a problem and are not easily tangled in an argumentation line that tries to force them to a limited range of products, no matter how skilled that argumentation is.

Sales people mission is, therefore, to understand exactly what the problem is and find a solution that fully satisfies customer’s needs, establishing a partnership and trust relationship along the process, which will ensure that the client will come again in the future.

To the great classic sales people natural skills, we have to join creativity, co-creation, versatility, active listening and networking, that will surely help achieving better results.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Produtividade / Productivity

A produtividade hoje em dia é uma das principais preocupações das empresas.

Os líderes das empresas estão cada vez mais focados na necessidade de produzir mais com menos.

Um dos principais fatores de aumento de produtividade - muitas vezes neglicenciado por quem lidera as organizações - é a valorização das pessoas e o bom relacionamento humano entre os colaboradores.

Ao promover a valorização dos recursos humanos e as suas relações interpessoais, os gestores potenciam os resultados das suas equipas, garantindo a máxima performance de todos os envolvidos no processo produtivo e gerando compromissos de maximização de recursos entre todos.

Com um grupo de indivíduos que se sintam valorizados a todo o tempo, a quem sejam dadas ferramentas de crescimento pessoal contínuo e que encontrem no local de trabalho um sítio onde se sintam integrados na plenitude, os resultados são visivelmente melhores do que numa empresa em que se verifique o inverso.

O investimento nos recursos humanos, para além da componente técnica, dota a empresa de colaboradores mais motivados, comprometidos com os objetivos da empresa e, em última análise, mais produtivos.

Surge então a necessidade de investimento na formação comportamental e na consolidação do bom ambiente interpessoal, sendo a organização de eventos empresariais focados no trabalho destes fatores uma solução que contribui no imediato para o aumento da produtividade nas equipas de trabalho.


Productivity today is one of the companies’ main concerns.

Corporate leaders are increasingly focused on the need to produce more with less.

One of the main factors for increased productivity - often neglected by those who lead organizations - is in valuing people and having good human relationship between employees.

By promoting human resources development and their interpersonal relations, managers can boost their team’s results, ensuring maximum performance of all those involved in the production process and generating commitments for resources maximization among all.

With a group of individuals who feel valued at all times, whom are given continuous personal growth tools and that find a workplace where they feel fully integrated, results are noticeably better than in a company where the inverse occurs.

Investment in human resources, beyond the technical component, endows the company with more motivated employees, committed to the company’s objectives and, ultimately, more productive.


The need for investment in training and in good interpersonal environment consolidation becomes evident, being the organization of corporate events focused on these factors a great solution, contributing immediately to increased productivity in work teams.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Diagnóstico prévio / Previous diagnosis

A planificação de um evento empresarial é fundamental para o sucesso do mesmo.

Para definirmos com maior exatidão qual o melhor caminho a seguir, devemos começar por diagnosticar como é a nossa equipa, quais os desafios que enfrenta e o que pretendemos dela.

Devemos então dedicar algum tempo a pensar nos pontos fortes e fracos da nossa equipa, fazendo-nos a nós mesmos algumas questões para nos ajudar a identificar a raíz dos eventuais problemas da equipa.

Existem conflitos entre alguns elementos que estejam a criar conflitos dentro da equipa?

Há necessidade de alguns elementos conhecerem melhor outros?

Alguns colaboradores focam-se no seu próprio sucesso, prejudicando a organização com esta atitude?

A comunicação deficiente atrasa o progresso do grupo?

Temos alguns elementos resistentes à mudança, e isso afeta o desenvolvimento e produtividade do grupo?

As pessoas têm que aprender a trabalhar em conjunto, em vez de individualmente?

Os colaboradores precisam de ver a sua motivação aumentada?

Depois de identificados os verdadeiros fatores geradores de eventuais problemas dentro da organização, podemos então planear com maior eficácia as ações a desenvolver num evento empresarial, focando-nos neles.

Com este diagnóstico prévio estaremos a obter reais benefícios da ação, fazendo sentir a todos que valeu mesmo a pena investir nela.


Planning a corporate event is critical to its success.

To determine accurately what the best way to follow is, we must start by diagnose how is our team, what challenges it’s facing and what we want from it.

We must then dedicate some time thinking about the strengths and weaknesses of our team, making ourselves a few questions to help us identify the root of the team’s problems.

Are the conflicts between some elements that are creating conflicts within the team?

Is there a need for some elements to get to know others better?

Some employees focus on their own success, damaging the organization with this attitude?

Poor communication delays the progress of the group?

We have some elements resistant to change, and this affects the development and productivity of the group?

People need to learn to work together, rather than individually?

Employees need to see their motivation increased?

After identifying the factors that are eventually generating problems within the organization, we can then plan more effectively the actions to develop in a corporate event, focusing on them.

With this previous diagnosis will be obtaining real benefits from the event, making everybody aware that it was worth investing in it.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Turismo experiencial / Experiential tourism

Para subir na cadeia de valor, em turismo, deve-se fazer o foco nas experiências, ao invés da abordagem que tem sido comum no setor.

Começar a dar mais importância à agregação de valores ao tempo passado e à experiência vivida, ao invés do foco nas infraestruturas e serviços é fundamental para atingir determinados nichos de mercado, subindo na cadeia de valor e posicionando-se não em função do preço, mas sim pelo tema da experiência, ganhando relevância para o turista e diferenciação em relação à concorrência.

O destino turístico deverá, portanto, ser encarado como um teatro de interação, com participação na produção dos temas de experiência.

Podemos categorizar as experiências em quatro grandes grupos: “sensoriais/físicos”, “emocionais”, “intelectuais/espirituais” e “sociais”, sendo as características de uma experiência, resumidamente, as seguintes:

- O marco de referência é a pessoa

- Estruturado na nossa existência

- Através de um processo temporal

- Com uma gradação e intensidade determinadas

- Um todo independente, emocional

- Com sentido

- Que não exige nenhum compromisso

- Complexa e multidimensional

As experiências turísticas atualmente disponíveis no mercado têm como principal foco os grupos sensoriais/físicos e emocionais, mas essa é uma tendência que está já a modificar-se, pelo que vale a pena estar atento ao seu desenvolvimento.


To move up in the value chain, in tourism, our focus should be on the experience, rather than the common approach in this industry.

Giving more importance to the aggregation of values to the spent time and lived experience, instead of focusing on infrastructures and services, is fundamental to attain certain niche markets, moving up the value chain and positioning ourselves not by the price, but rather by the theme of the experience, gaining relevance for tourists and differentiating from the competition.

Tourist destinations should therefore be seen as an interaction theater, participating in the production of the experience themes.

We can categorize experiences into four major groups: "sensory/physical", "emotional", "intellectual/spiritual" and "social", being the characteristics of an experience, briefly, as follows:

-The frame of reference is the person

-Structured in our existence

-Through a time process

-With a determined intensity and gradation

-An independent, emotional, whole
-With sense

-Requiring no commitment

-Complex and multidimensional

Tourist experiences currently available on the market have primarily focus on the sensory/physical and emotional groups, but this is a trend that is already changing, for what it's worth to be attentive to its development.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Sair da zona de conforto / Stepping out of the comfort zone

Inconscientemente, todos nós vamos criando "almofadas" nos nossos postos de trabalho, que nos permitem dar passos seguros e minimizar as hipóteses de surpresa, de confrontação ou mudança.

Estamos confortáveis com o que temos, com o que fazemos e com a forma como nos relacionamos e por isso não temos grandes motivos para sair dessa nossa zona de conforto.

É assim que se criam relações superficiais nos grupos de trabalho, que se perde a vontade de empreender e inovar, que se torna a criatividade numa miragem.

As organizações atuais não se podem dar ao luxo de ter colaboradores acomodados, e é por isso que é importante tirarmos essas pessoas da sua zona de conforto, para que possamos estimular os seus cérebros, descobrir novas competências, pô-las mais disponíveis para apreender a nossa mensagem, deixar cair máscaras, ultrapassar barreiras e preconceitos, quebrar medos e superar obstáculos aparentemente intransponíveis.

Saindo da nossa zona de conforto estamos a ser postos perante cenários que nos fazem crescer, como indivíduos e como grupo, garantindo um aumento nos níveis de motivação e compromisso imediatamente após sermos expostos a esse cenário novo.

É bom ser incomodado, é bom ser desafiado, é bom estar desconfortável, é bom atrevermo-nos a mudar de cenário, porque só assim conseguimos crescer e inovar.


Unconsciously, we are all creating “pillows” in our jobs, that allow us to take secure steps and minimize the chances of surprise, of confrontation or change.

We are comfortable with what we have, what we do and the way we relate with others, and that's why we think we don't have reasons to get out of our comfort zone.

That's how you create superficial relations in the working groups, you lose the will to undertake and innovate, that creativity becomes a mirage.

Current organizations cannot afford to have accommodated employees, and that is why it is important to make people step out of their comfort zone, so that we can stimulate their brains, discover new skills, make them more available to absorb our message, dropping masks, overcome barriers and prejudices, break down fears and overcome seemingly insurmountable obstacles.

When leaving our comfort zone, we are being faced with scenarios that make us grow as individuals and as a group, guaranteeing an increase of motivation and commitment  levels immediately after being exposed to this new scenario.

It's good to be bothered, it's good to be challenged, it's good to be uncomfortable, it’s good to dare changing the scenario, because only then will we be able to grow and innovate.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Lojas em media sociais / Social media stores

Os media sociais são um canal de comunicação empresarial privilegiado, pela forma como permitem às empresas medir o pulsar dos seus clientes, o respirar da sua comunidade.

Há quem reaja negativamente à presença das empresas nestas plataformas, e é preciso respeitar esse ponto de vista, mas há também quem adore receber informações e fazer escolhas por esta via.

Apesar dos vários filtros que estão já à disposição dos utilizadores, deixando uma ampla gama de escolhas na sua mão, parece-me evidente que, a curto prazo, os media sociais terão que optar por uma de duas vias: retirar a possibilidade das empresas comunicarem os seus serviços na sua plataforma, ou reforçar as possibilidades de interação entre empresas e utilizadores.

Pelos sinais que vão surgindo, estou convicto que a segunda hipótese ganha maior consistência a cada dia que passa.

Com a dinâmica pessoal a passar cada vez mais pela utilização das redes sociais, principalmente com o crescendo da utilização destas plataformas via smartphone, é natural que os utilizadores agradeçam a presença de lojas nos meios que utilizam quotidianamente, facilitando-lhes o acesso rápido aos seus bens ou serviços.

Existem já milhares de lojas online, sendo o Facebook a plataforma onde se encontram mais e melhores exemplos.

A venda direta nas plataformas de media sociais permite uma interação muito mais personalizada com o utilizador, uma medição exata e uma resposta em tempo real muito mais eficaz.

Permite também ser muito mais acutilante no marketing digital, monetizar o trabalho de gestão de comunidades virtuais de forma mais imediata e estabelecer uma relação de proximidade ainda maior com o cliente, porque a loja está sempre aberta e disponível para o atender onde quer que ele esteja.

Se as oportunidades são gigantes, os desafios são, no entanto, da mesma dimensão, porque a concorrência vai ser ainda maior e a exigência do utilizador vai também aumentar em conformidade.

É verdadeiramente apaixonante verificar as potencialidades do desenvolvimento do trabalho de vendas nesta área, e por isso estou particularmente atento a esta temática.


Social media are a privileged business communication channel, by the way they allow companies to measure its customer’s pulse, their community breathing.

Some people react negatively to the presence of companies in these platforms, and we need to respect this point of view, but there are also people who love to receive information and make choices via social media.

Despite the various filters that are already available to users, leaving a wide range of choices in their hands, it seems clear to me that, in the short term, social media will have to choose from one of two ways: remove the company’s possibility of communicating their services on these platforms, or strengthen the possibilities of interaction between companies and users.

For what we have seen so far, I am convinced that the second hypothesis gains greater consistency everyday.

With personal dynamics based more and more in the use of social networks, especially with the growing use of these platforms via smartphone, it is natural that users say thanks to the presence of stores in the media they use daily, facilitating quick access to their goods or services.

There are already thousands of online stores, being Facebook the platform where we can find more and better examples.

Direct selling in social media platforms allows a much more customized interaction with the user, an exact measurement and a more effective real-time response.

It also allows us to be more accurate on digital marketing operations, monetizing community management work more immediately and establishing a greater proximity relationship with the clients, because the store is always open and available to serve them wherever they are.

If the opportunities are huge, the challenges are, however, of the same dimension, because the competition is going to be even bigger and user’s demands will also increase accordingly.

It is truly exciting to watch the development potential of sales work in this area, and that's why I'm particularly attentive to this theme.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Relacionamentos genuínos / Genuine relationships

O turismo cresceu tanto, e massificou-se de uma forma tal, que é comum o setor ser encarado como uma indústria.
A primeira imagem que nos vem à cabeça quando pensamos em indústria é a de linhas de montagem, produtos a sair num tapete rolante todos iguais, máquinas e padronização de processos.
A minha visão para o que deve ser o turismo aponta exatamente no sentido contrário, que é o da personalização, da partilha de uma experiência de vida, que traz consigo relacionamentos pessoais de proximidade, da criação de momentos únicos, que guardaremos com gratidão para toda a vida.
A chave das experiências de 2ª geração está precisamente aí, nas pessoas, na riqueza dos seus valores e caminho de vida, e nos relacionamentos genuínos que surgem de forma espontânea, sem guião, discursos pré-redigidos nem segundas intenções.
Ao partilhar o seu espaço e valores pessoais, quem recebe os turistas está a entregar-se verdadeiramente a quem o visita, sem barreiras ou cosmética, dando assim lugar a uma ligação pessoal que dificilmente se perderá no tempo, porque inevitavelmente sobreviverá, pelo menos naquele lugar da memória onde guardamos as coisas boas.
Estabelece-se uma relação de partilha e proximidade que é válida nos dois sentidos, porque todos se envolvem e a vivem sempre de uma forma única e verdadeira, sem artificialismos.
Por isso acho que estas experiências têm tanto valor e marcam a diferença, contribuindo para um acréscimo de qualidade e sentido para o turismo.
Tourism has grown so much, and has been massified in such a way, that is nowadays common to this sector being regarded as an industry.
The first images that come to our mind when we think about industries are assembly lines, similar products getting out on a treadmill, machinery and processes standardization.
My vision for what tourism should be points exactly towards the opposite direction, which is customization, the sharing of a lifetime experience that brings along personal proximity relationships, creating unique moments, which we will keep, gratefully, for the rest of our lives.
The key to second generation experiences is precisely there, in people, in the richness of their values and way of life, and in the genuine relationships that arise spontaneously, without script, pre-written speeches or a hidden agenda.
When sharing their space and personal values, those who receive tourists are truly giving themselves to those who visit them, without barriers or cosmetics, thus giving space to a personal connection that hardly gets lost in time because it will inevitably survive, at least in that particular place of our memory where we keep the good stuff.
A relationship of sharing and closeness, that is valid in both directions, is established, because all the participants are involved and always live this experience in a unique and real way, without artificiality.
That's why I think these experiences have huge added value and mark the difference, contributing to an increase of quality and meaning to tourism.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Rework / rework

Hoje trago uma sugestão de leitura.

Num mundo empresarial cada vez mais competitivo, por vezes é bom questionarmos a forma como fazemos as coisas, os dogmas corporativos, os vícios profissionais, aquilo que sempre aprendemos como sendo boas práticas, mas que nunca analisamos na sua profundidade.

Trabalhar horas a fio, ter um ambiente de trabalho cordato, fazer tudo o mais rapidamente possível, fazer longas reuniões estratégicas.

Todos estes fatores pertencem ao dia a dia da maior parte das organizações empresariais e todos consideram estas questões essenciais para a produtividade e para o sucesso das empresas.

Rework, o livro escrito por Jason Fried e David Heinemeier Hansson da 37signals questiona tudo isto e muito mais, de forma irreverente e disruptiva, mas coerente e com argumentos muito válidos.

Este livro é o resultado de várias questões com que os autores se depararam na sua vida profissional, apresentando muitos casos práticos e a sua visão prática de como uma empresa moderna deve trabalhar.

Extremamente útil esta leitura, para quem se interessa pelas organizações e a sua gestão, quanto mais não seja porque nos põe a pensar sobre as nossas ações e modo de estar nas empresas.

Recomendo vivamente.


Today I bring a reading suggestion.

In an increasingly competitive business world, sometimes it's good to question the way we normally do things, the corporate dogma, bad professional habits, what we always learned as a good practice, but never reviewed in its depth.

Working several hours straight, have a sane working environment, do everything as quickly as possible, make long strategic meetings.

All these factors belong to most business organizations every day’s life and almost everyone considers all these issues as essential to productivity and to the company’s success.

Rework, the book written by Jason Fried and David Heinemeier Hansson, from 37signals, questions all this and much more, in an irreverent and disruptive way, although consistent and with very valid arguments.

This book is the result of several issues that the authors encountered in their professional life, presenting many practical cases and their practical vision of how a modern company should work.

Extremely useful this reading, for those interested in organizations and its management, at least because we are lead to thinking about our actions and how we behave in business.

I strongly recommend it.

Ludificação / Gamification

Um dos fatores intrínsecos ao ser humano é o seu natural instinto competitivo e o prazer que tiramos dos jogos e brincadeiras.

Há registos ou sinais de o jogo existir nas sociedades desde os tempos pré-históricos e, se pensarmos nisto, é de jogos e de brincadeiras que se faz a primeira interação entre pais e bebés, o que revela que os nossos sentidos mais básicos são ativados positivamente quando jogamos.

Não será por isso surpresa, que a indústria dos jogos eletrónicos seja hoje uma das mais lucrativas do mundo, ultrapassando já a indústria cinematográfica, tendo ainda uma enorme margem de progressão, segundo demonstram estudos recentes.

O mundo dos negócios está, obviamente, atento a esta tendência do ser humano e por isso encontramos cada vez mais exemplos de empresas que, nas suas estratégias de marketing e vendas, assumem a inclusão da ludificação como fator chave de sucesso.

Segundo informações recentes, 70% das empresas da lista Forbes Global 2000 planeiam usar a ludificação para propósitos de marketing e fidelização de clientes.

A ludificação, na sua base teórica, é a transposição de técnicas de pensamento e mecânicas dos jogos para envolver os participantes na resolução de problemas.

Com esta técnica, pretende-se envolver mais os clientes das empresas ou os participantes das organizações, aumentando de uma forma bastante natural e intuitiva o seu relacionamento com a marca ou com o projeto em causa.

A utilização das redes sociais e a gestão de comunidades virtuais, exponencia o recurso a este tipo de técnicas, pela facilidade com que se consegue obter bons resultados, assentes essencialmente na dinâmica de utilização dos próprios participantes.

Desengane-se porém, quem pensa que basta fazer uma tabela de pontuações e dar algumas tarefas para ter bons resultados.

É preciso muito mais do que isso e não há uma solução padrão que possa ser apontada como infalível, dependendo sempre do contexto a melhor solução de ludificação a apresentar.

Tenho feito algumas abordagens a este modo de interagir com as comunidades, com bons resultados, e tenho vontade de cada vez mais a integrar em todos os projetos que venha a desenvolver futuramente.


One of the intrinsic features of the human being is its natural competitive instinct and the pleasure we take from fun and games.

There are registers or signs of games existing in societies from prehistoric times and, if you think about it, it's games and play that make the first interaction between parents and infants, which reveals that our most basic senses are positively activated when we play.

It’s not a surprise, thus, that the electronic games industry is today one of the most profitable in the world, already surpassing the film industry, and having still a huge progression margin, according to what recent studies demonstrate.

The business world is obviously aware of this trend and therefore we find more and more examples of companies that, in their marketing and sales strategies, take the inclusion of gamification as a key success factor.

According to recent information, 70% of the companies from the Forbes Global 2000 list, plan to use gamification for marketing purposes and obtain customer loyalty.

Gamification, on its theoretical basis, is the transposition of game thinking and mechanics to engage participants in solving problems.

With this technique, we intend to have a stronger engagement of the companies customers or organisations paticipants, increasing in a fairly natural and intuitive way their relationship with the brand or with the project concerned.

The use of social networks and community management, increases the application of this type of techniques, for the easy with which one can obtain good results, based essentially on the participants own dynamics of use.

One must be aware, though, that it’s not enough making a leaderboard and give some tasks to have good results.

It takes a lot more than that, and there is no standard solution that can be pointed as flawless, varying from each particular context the best gamification solution to implement.

I have done some approaches to this way of interacting with communities, with good results, and I want to increasingly integrate more gamification into all projects that will develop in the future.

Estimular a inteligência coletiva / Stimulating collective intelligence

Reunir numa sala um grupo de pessoas inteligentes não é necessariamente sinónimo de aumentar a inteligência coletiva.

Segundo Pierre Lévy a inteligência coletiva é "uma inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta numa mobilização efetiva das competências".

A palavra chave para o estabelecimento da união desta inteligência distribuída está na coordenação em tempo real das mesmas, fator muitas vezes descurado pelos gestores das organizações ou equipas de trabalho. 

Equipas inteligentes são mais do que a soma de QI de todos os elementos.

São resultado da efetiva junção destas inteligências em torno de um pensamento estratégico coerente, que tira o melhor de cada uma delas e as coordena para aumentar a sua produtividade.

Estimular a inteligência coletiva significa, portanto, estimular essa coordenação, para obter a efetiva mobilização de competências que refere o autor, promovendo assim a melhoria dos resultados competitivos da equipa.

O mesmo autor refere ainda que "a base e o objetivo da inteligência coletiva são o reconhecimento e o enriquecimento mútuos das pessoas", que é outro fator essencial para o sucesso deste estímulo, para que as individualidades se motivem em torno de um objetivo comum e contribuam com a sua inteligência para a melhoria da inteligência grupal.

O exercitar da inteligência coletiva traz vantagens em termos de métodos e processos utilizados na empresa, otimização dos recursos técnicos e humanos, estimulação da capacidade criativa e de inovação e potencia a capacidade de resolução célere de problemas imprevistos.

Fale-se de equipas em formação ou equipas já formadas há muito tempo, este estímulo da inteligência coletiva tem que estar sempre presente nas organizações, para as manter em constante desenvolvimento a este nível, posicionando-se assim à frente da concorrência.

Este é um fator chave de sucesso para o qual sensibilizo sempre as organizações com quem trabalho, dando o meu melhor para lhes fornecer ferramentas para que consigam operacionalizar esse estimulo com regularidade.


Gathering in a room a group of smart people is not necessarily synonymous of collective intelligence.

According to Pierre Lévy, collective intelligence, is an “intelligence distributed everywhere, incessantly valued, coordinated in real time, which results in an effective mobilization of competences”.

The key word for the establishment of this distributed intelligence union is on real-time coordination of it, often a neglected factor by the organizations managers or work teams.

Smart teams are more than the sum of all elements IQ.

They are the result of effective joint of these intelligences around a coherent strategic thinking, that takes the best of each one and coordinates them to increase its productivity.

Stimulating collective intelligence means, therefore, to stimulate such coordination, to obtain the effective mobilization of competences referred by this author, thus promoting the improvement of the team’s competitive results.

The same author refers that “the basis and the goal of collective intelligence is the recognition and mutual enrichment of people”, which is another essential factor for this stimulus success, so that the individuals are motivated around a common goal and contribute with their intelligence for the improvement of group intelligence.

Exercising collective intelligence brings advantages in terms of methods and processes used in the company, technical and human resources optimization, creative and innovation ability stimulation and enhances the ability of rapid resolution of unforeseen problems.

Whether we are talking about new teams or teams formed a long time ago, this collective intelligence stimulation has to be always present in organizations, to keep them in constant development at this level, positioning them ahead of the competition.

This is a key success factor for which I always alert the organizations I work with, giving my best to provide them with the tools that allows them to operationalize this stimulus with regularity.


Aspetos fundamentais do turismo criativo / Fundamental aspects of creative tourism

O turismo criativo traz ao setor uma mudança na forma de produzir e consumir experiências turísticas, e tem na sua base quatro aspetos fundamentais.

Em primeiro lugar, o desenvolvimento do potencial criativo dos turistas, sendo-lhes fornecidas as ferramentas básicas para desenvolver a sua criatividade, fomentando assim a que eles levem algo mais do que um simples souvenir no seu regresso a casa.

Igualmente importante é o facto de o turista ser envolvido de forma ativa no processo criativo, gerando assim uma maior probabilidade de partilha genuína e ligação verdadeira com as pessoas e cultura local.

A criatividade está presente em toda a parte, mas é essencial que haja uma ligação do processo criativo ao destino, ancorando-o na cultura, criatividade e identidade locais, que tornam cada experiência turística num fenómeno singular e irrepetível.

O conceito de turismo criativo tem também inerente a si a cocriação e coprodução, entre os turistas e os locais, transformando a vivência numa relação biunívoca, em que ambos os lados se envolvem em todo o processo, engrandecendo-o com as sua experiência passada e conhecimento.

Esta é uma tendência cada vez mais presente na procura turística, pelo que se torna imperativo que haja uma adaptação de quem está no mercado a esta realidade.


Creative tourism changes the ways of producig and consuming touristic experience in this sector, ant it’s based on four fundamental aspects.

Firstly, the development of the creative potential of tourists, providing them with the basic tools to develop their creativity, encouraging them to take something more than a simple souvenir on their return home.

Equally important is the fact that tourists are involved actively in the creative process, thus being more likely to create genuine sharing and real connection with local people and culture.

Creativity is present everywhere, but it is essential that a connection between the creative process and the destination is established, anchored in the culture, creativity and local identity, which will turn each tourist experience in a unique and unrepeatable phenomenon.

The concept of creative tourism has also inherent to it co-creation and co-production, with tourists and locals, transforming the experience in a two way relationship, in which both sides are involved in the whole process, magnifying it with their past experience and knowledge.

This is an increasing trend in tourism demand, making the adaptation of those operating in the tourism market to this reality an absolute must.