O turismo cresceu tanto, e massificou-se de uma forma tal, que é comum o setor ser encarado como uma indústria.
A primeira imagem que nos vem à cabeça quando pensamos em indústria é a de linhas de montagem, produtos a sair num tapete rolante todos iguais, máquinas e padronização de processos.
A minha visão para o que deve ser o turismo aponta exatamente no sentido contrário, que é o da personalização, da partilha de uma experiência de vida, que traz consigo relacionamentos pessoais de proximidade, da criação de momentos únicos, que guardaremos com gratidão para toda a vida.
A chave das experiências de 2ª geração está precisamente aí, nas pessoas, na riqueza dos seus valores e caminho de vida, e nos relacionamentos genuínos que surgem de forma espontânea, sem guião, discursos pré-redigidos nem segundas intenções.
Ao partilhar o seu espaço e valores pessoais, quem recebe os turistas está a entregar-se verdadeiramente a quem o visita, sem barreiras ou cosmética, dando assim lugar a uma ligação pessoal que dificilmente se perderá no tempo, porque inevitavelmente sobreviverá, pelo menos naquele lugar da memória onde guardamos as coisas boas.
Estabelece-se uma relação de partilha e proximidade que é válida nos dois sentidos, porque todos se envolvem e a vivem sempre de uma forma única e verdadeira, sem artificialismos.
Por isso acho que estas experiências têm tanto valor e marcam a diferença, contribuindo para um acréscimo de qualidade e sentido para o turismo.
Tourism has grown so much, and has been massified in such a way, that is nowadays common to this sector being regarded as an industry.
The first images that come to our mind when we think about industries are assembly lines, similar products getting out on a treadmill, machinery and processes standardization.
My vision for what tourism should be points exactly towards the opposite direction, which is customization, the sharing of a lifetime experience that brings along personal proximity relationships, creating unique moments, which we will keep, gratefully, for the rest of our lives.
The key to second generation experiences is precisely there, in people, in the richness of their values and way of life, and in the genuine relationships that arise spontaneously, without script, pre-written speeches or a hidden agenda.
When sharing their space and personal values, those who receive tourists are truly giving themselves to those who visit them, without barriers or cosmetics, thus giving space to a personal connection that hardly gets lost in time because it will inevitably survive, at least in that particular place of our memory where we keep the good stuff.
A relationship of sharing and closeness, that is valid in both directions, is established, because all the participants are involved and always live this experience in a unique and real way, without artificiality.
That's why I think these experiences have huge added value and mark the difference, contributing to an increase of quality and meaning to tourism.
Sem comentários:
Enviar um comentário